domingo, 27 de abril de 2014

MARCELO OLIVEIRA CEDEU O EMPATE AO SÃO PAULO

O Cruzeiro perdeu com a entrada de Henrique que fica quietinho lá atrás, lembrando os tempos de triste memória em que jogava com Fabrício e Marquinhos Paraná.
Os três juntos, em três anos de Cruzeiro não marcaram mais que meia dúzia de gols.
Em relação a fazer gols, a bola marcava os três.
Continua marcando o Henrique.
O Nilton é um volante que marca gols - chuta bem, é ótimo nas cabeçadas.
Henrique pode ser um bom reserva, entrar nas ausências de Nilton.
Tomar o lugar dele, nunca.
A contusão de Nilton e de Borges descaracterizou o time.
A ofensividade diminuiu.
Desde que eles saíram o time marca poucos gols.
Fora a goleada sobre La U no Mineirão, a escassez de gols é preocupante.
O ataque não funciona, fica preso à lentidão de Batista e à ineficiência ofensiva de Henrique.
Hoje, marcou 1 a 0 no São Paulo com gol de falta.
Antes, criara apenas uma oportunidade em cabeçada de Ricardo Goulart para fora.
Depois do gol, apenas um chute de fora da área que Ceni defendeu com dificuldade.
Nenhuma outra chance real de gol.
Nem uma só.
O São Paulo também pouco conseguia atacar.
Aí, o frágil Marcelo Oliveira tirou um atacante, Wiliam, e colocou Nilton.
Um claro sinal de medo.
Chamou o São Paulo para cima.
Ficou se defendendo e especulando no contra ataque.
Foi punido com o gol de empate.
Marcelo ainda não aprendeu que o Cruzeiro não é time que saiba jogar se defendendo.
Não tem esse perfil.
E Marcelo não é Mourinho para armar retrancas.
Já fez isso contra o Flamengo e perdeu a Copa do Brasil.
Hoje, deixou escapar uma vitória fácil.

A 1ª DERROTA DE LEVIR FOI PARA OS RESERVAS DO GRÊMIO

A primeira derrota de Levir ou a última derrota de Autuori?
As duas.
Levir, estreando no comando do Galo, não teve tempo de treinar o time.
Quando tiver, acredito, não fará grande diferença.
Autuori se foi, mas deixou um desarranjo difícil de organizar.
O time precisa ser refeito.
Alguns jogadores devem sair.
O time atual foi montado por Cuca e jogava do jeito dele.
Não vai jogar do jeito de outro treinador.
O meio de campo com Pierre e Donizetti (ou Josué) luta muito para defender, erra passes, faz muitas faltas e não marca gols.
Quando um time tem dois jogadores que vão à frente, mas não sabem fazer gols é um refresco para qualquer adversário.
São dois que não precisam ser marcados.
Um deles pode jogar, os dois, não.
Cuca colocava os dois para folgar a tarefa de Ronaldinho Gaúcho.
Ronaldinho só joga bem quando está livre do dever de marcar, ou tentar marcar.
Mas, além dos dois que marcavam, Bernard marcava e formava dupla com Ronaldinho.
Com Bernard, Cuca fez um primeiro semestre de 2013 excelente. 
E o gaúcho, também.
Bernard era atacante e lateral esquerdo.
Saiu e Fernandinho chegou para o lugar dele.
É ótimo atacante, veloz, driblador, mas não marca.
Aí apareceram os defeitos da lateral esquerda.
Nenhum lateral se firmou e abriu-se a avenida.
O estilo Galo Doido - apelido dado pelo Tostão - desapareceu sob o comando de Autuori.
E nada foi colocado no lugar.
No estilo Galo Doido - aquela bola de rugby levantada da defesa que Jô aparava para quem vinha abafando detrás - os dois volantes não precisavam passar, eram só esticadas para Tardelli, chutões para o Jô e encostar para Ronaldinho lançar.
Ah... e havia Bernard.
Agora os volantes não sabem o que fazer além de defender.
Ronaldinho perdeu o par.
Tardelli ficou sem função.
Perder para os reservas do Grêmio foi bem feio.
Se não se classificar no meio da semana contra o Atlético colombiano vai ser um desastre.

sexta-feira, 25 de abril de 2014

NADA SE PODE ESPERAR DE LEVIR CULPI

O Galo contratou Levir Culpi para o lugar de Paulo Autuori.
Quando Autuori foi contratado, até as montanhas da Serra do Curral sabiam que era errado.
Ele dá ótimas entrevistas,  mas péssimos treinos.
Qualquer torcedor, se perguntado, diria: não vai dar.
Qualquer.
Do cadeirante ao velocista.
Do "bonito e culto com todos os dentes" ao anarfa piolhento.
Menos Kalil.
As montanhas sabem que Levir será apenas mais um.
Não será péssimo, nem será bom.
Todos os times que treinou jogaram pouco acima da linha dos medíocres.
Coloco o verbo no passado, "jogaram" pois Levir ficou 7 anos no Japão.
Sete anos longe do Brasil - o que pode ter sido uma bênção pra ele, pois aqui o atraso dos técnicos é avassalador.
Será que a escola japonesa... a famosa escola japonesa atualizou conhecimentos futebolísticos do técnico?
Sete anos atrás, aqui em Pindorama, o máximo que Levir conseguiu foi uma Copa do Brasil com o Cruzeiro e a volta do Galo à primeira divisão.
Pouco para um técnico veterano que passou por grandes equipes.
Kalil quer repetir Cuca que, sem conquistas, venceu a Libertadores com o Galo?
Pode ser.
O futebol é lugar também das crendices.
Cuca não ganhava nada, "era azarado", diziam.
Mas tinha a chama dos inconformados.
Estava sempre inventando, buscando soluções, descobrindo jogadores, rezando e talvez fazendo promessas.
Um beato e fanático inventor do futebol.
Inventou o Galo Doido com Ronaldinho Gaúcho.
Antes já inventaria times como o São Paulo, o Goiás de Grafite e Danilo, o time de guerreiros do Fluminense.
Levir não é um inventor inconformado.
Pelo contrário.
A melhor qualidade de Levir é a simpatia.
Risonho.
Afável.
O Galo, com ele, não será nem bom nem ruim.
Será regular.
Ao invés do Galo Doido de Cuca.

domingo, 6 de abril de 2014

ADIVINHEI: CRUZEIRO E ATLÉTICO FICARAM NO ZERO A ZERO

Escrevi ontem que Galo e Cruzeiro tinham equipes tão pouco criativas que o clássico, certamente, não passaria de zero a zero.
Não passou.
E foi um zero a zero de enervar palermas.
Truncado, irritante.
Chances claras de gol?
Uma para cada lado.
Ricardo Goulart chutou para fora com metade do gol aberto.
Tardelli chutou como um bola murcha o cruzamento de Marion que o deixara na frente do gol.
Foi um jogo triste.
Um jogo de chutões.
Um jogo de dois técnicos que talvez não saibam mesmo treinar seus times.
Nem o Galo nem o Cruzeiro têm um modo orgânico de jogar.
Não conseguem trocar meia dúzia de passes com eficácia.
Quando fazem isso é na defesa, antes de atrasar para o goleiro que quebra a bola num chutão para o ataque.
É urgente trazer técnicos estrangeiros de bom nível para arejar o futebol jogado no Brasil.
Os nossos são uma lástima.


CRUZEIRO E ATLÉTICO: DOIS TIMES MAL TREINADOS

O Atlético passou por um grande momento sob o comando de Cuca na primeira fase da Libertadores do ano passado.
O Cruzeiro passou por um bom momento até se sagrar campeão brasileiro também do ano passado.
De lá pra cá, nada.
Os dois times caíram muito.
O Galo foi um vexame no mundial de clubes da Fifa.
O Cruzeiro ainda não fez uma única boa partida em 2014.
E amargou um passeio do Defensor no Uruguay e uma derrota feia para o Garcilazo no Peru.
A vitória sobre La U no Chile não engana.
Os chilenos atravessam péssima fase.
A imprensa esportiva, em geral, elogiou a vitória que repôs os azuis na rota da classificação para a Libertadores.
Basta uma vitória por dois gols de diferença contra os peruano - últimos da chave - no Mineirão.
Mas o time jogou mal, tomou sufoco, não conseguiu criar com eficácia.
O Galo, contra os colombianos, segurou um empate em Bogotá jogando como time pequeno.
Chutões, desespero, muitas faltas.
Dos brasileiros, apenas o Grêmio parece bem treinado apesar da derrota no Grenal.
O tricolor gaúcho tem o que se pode chamar padrão de jogo, um modo de jogar organizado, treinado.
Cruzeiro e Atlético dependem quase exclusivamente de jogadas individuais.
Fazem ligações diretas defesa-ataque o tempo todo.
Trocam passes com muita dificuldade.
Erram em demasia.
Jogam feio e com pouca eficácia.
Dificilmente avançarão na Libertadores.
Amanhã irão se encontrar no Independência.
Pelo que estão jogando, zero a zero não será surpresa.