domingo, 26 de janeiro de 2014

CRUZEIRO E GALO SAEM NA FRENTE PARA 2014

O campeão brasileiro volta a atuar hoje no Mineirão.
Volta depois de 50 dias de sua última partida pelo campeonato brasileiro de 2013 - trinta dias de férias e mais vinte de pré-temporada.
Ano passado foram uns 60 dias, se bem me recordo, mas o time estava sendo formado, aconteceram muitas contratações e troca de técnico.
O Barcelona voltou a atuar depois de 54 dias num amistoso contra o Bayern München.
O Cruzeiro volta agora, mas como o campeonato mineiro é mais enxuto que os demais - Rio, SP e RS - a sua disputa se configura como uma extensão da pré-temporada.
Nisso os campeões do ano passado - Galo e Cruzeiro - levam vantagem.
Outra vantagem é que os dois times mantiveram seus elencos.
O Cruzeiro, com um grupo muito forte, não perdeu nenhum jogador importante, dispensou alguns que teriam poucas chances de atuar e ainda se reforçou. 
Para o ataque chegou Marlone, revelação vascaína, para a lateral chegou o paraguaio Samúdio e para o meio campo, Rodrigo Souza.
Marcelo Moreno também foi contratado, embora não seja um reforço, chega apenas para "compor elenco", seja lá o que isso queira dizer. 
O time precisa ainda de um zagueiro de bom nível.
Quando Dedé não atua, a defesa dos azuis vira uma peneira.
Vai começar a temporada no mítico Mineirão Azul que sua grande torcida chama de Toca III.
Há times que têm uma "química" cultural com estádios, como o Flamengo com o Maracanã, o Corínthians com o Pacaembu, o Boca com a Bombonera e o Grêmio tinha com o Olímpico.
Assim é o Cruzeiro.
O Cruzeiro praticamente nasceu com o Mineirão em 1965/6 quando a academia de Raul, Tostão, Dirceu Lopes, Piazza, Natal, Zé Carlos e Hilton Oliveira mudou o futebol brasileiro.
O Galo manteve também seus principais jogadores, destaque para o RG10, imprescindível.
Precisa de alguém para a lateral esquerda e um meio campista que saiba defender e consiga marcar gols.
Pierre e Donizete apenas defendem.
Luan teve uma grave contusão e fará falta no primeiro semestre.
Perdeu Cuca, e isto é um problema sério.
Autuori foi contratado.
Ele é ótimo para dar entrevistas.
Dentro de campo seus times não convencem.
E precisa levar jogadores e torcedores a superar a desclassificação no mundial de clubes do Marrocos.
Mas o Atlético Mineiro vai atuar no Horto, no mítico estádio da Independência, seu caldeirão.
O Galo está criando uma dessas químicas culturais sobre as quais falei acima, de um time com o seu estádio.
A frase "caiu no Horto, tá morto" é extraordinária, quase um compromisso que jogadores e torcedores assumem.
No Horto não pode haver derrotas.
O Cruzeiro tem melhores chances tanto no mineiro quanto na Libertadores.
O elenco mais farto, qualificado e em melhor momento faz pensar assim.
Mas a diferença entre os dois é mínima.
Em relação aos demais times do país, Galo e Cruzeiro também estão mais consistentes.
Será outro bom ano para os mineiros.

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