domingo, 24 de novembro de 2013

MEGA SALÁRIOS: A INDECÊNCIA NO FUTEBOL

Desde que o Brasil deixou o clube dos países pobres, chamados de terceiro mundo, e ascendeu à elite dos grandes emergentes que movimentam a economia mundial (Brics), os salários pagos a jogadores e técnicos da primeira divisão deu um salto inimaginável.
No espaço de poucos anos, 10 anos no máximo, quem ganhava 50 mil passou a ganhar de 500 mil  a 1 milhão.
Assim são os salários de Fred, Forlán, D'Alessandro, Kleber Gladiador, Alex, Luis Fabiano, Júlio Batista, Elias, Pato, Valdívia, Montillo, Seedorf e outros.
Salários de 100 são corriqueiros.
De 50 mil só para jogadores medianos.
Menos que isso, na primeira divisão, só ganham os iniciantes e os jogadores de times que subiram da série B.
Exorbitantes também os salários dos técnicos.
Hoje, discute-se que o salário oferecido pelo Palmeiras a Gilson Kleina, cerca de 200 mil mensais, é humilhante, que Gilson não deveria aceitar, que ele ficaria diminuído, que Ney Franco ganha mais do que isto no Vitória.
Argumenta-se que um grande time como o Palmeiras deveria pagar mais.
Que 200 mil é salário de times médios.
Fico pensando... que empresas médias pagam tal salário aos seus executivos?
Quais os salários que grandes empresas pagam aos seus presidentes?
Quanto ganha por mês a presidente da Petrobrás?
Muito menos, mas muito menos mesmo.
Fala-se que deputados e senadores - políticos em geral - ganham exorbitâncias.
O salário de um deputado ou até da presidente da república é coisa de 30 mil mensais.
Um técnico como Muricy Ramalho ganha em um mês, mais do que a presidenta da república ganha em dois anos de trabalho.
E perde para a Ponte Preta no Morumbi. 
Com um salário desses, um técnico deveria levar seu time à vitória contra todos os demais times brasileiros.
E, para completar a loucura geral, os times que pagam salários-marajá estão quebrados.
Estão pedindo perdão da dívida que contraíram com o governo.
Coisa de 4 bilhões que deixaram de recolher aos cofres públicos.
Deram o cano e agora choramingam, acham-se no direito de obter perdão.
Eu não posso dar o cano no governo que os descontos de IR, INSS já vêm em folha.
E, se além dos descontos em folha, ainda tiver imposto a pagar, tenho que pagar.
Ou caio na malha fina.
E não posso pedir perdão nem políticos algum vai fazer projeto para me perdoar a dívida.
O Movimento Bom Senso Futebol Clube já disse que aceita diminuição dos salários em troca do fair play financeiro.
Significa que os clubes não podem oferecer salários maiores do que podem pagar.
É um primeiro passo.
Mas que é uma vergonha clubes quebrados como Flamengo, Galo, Palmeiras e quase todos pagarem a técnicos e jogadores os salários que pagam - ou oferecem - é mesmo.
Clubes quebrados deveriam quebrar mesmo.
Não podem continuar com esta indecência.

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