terça-feira, 12 de novembro de 2013

ASCENSÃO E DECADÊNCIA DOS TÉCNICOS BRASILEIROS.

Técnicos que perderam prestígio em 2013, mercê de trabalhos ruins:
Abel Braga, Luxemburgo, Mano Menezes, Dorival Júnior, Paulo Autuori, Tite, Dunga.
Abel demitido do Fluminense pela má campanha e por não ter conseguido recompor o elenco que foi campeão brasileiro em 2012.
Luxemburgo demitido do Galo, do Grêmio, do Flamengo e do Fluminense.
Não conseguiu títulos, não conseguiu armar bons times - embora tenha gastado muito dinheiro no Galo e no tricolor gaúcho - não conseguiu tirar o Fluminense da zona de rebaixamento.
Mano Menezes foi demitido da CBF e no Flamengo foi um fiasco.
Demitiu-se dizendo que não conseguia ser entendido pelo elenco rubronegro. 
Uma justificativa que, buscando desqualificar os jogadores, desqualificou-o.
Dorival foi mal no Flamengo, mal no Vasco e agora fez um contrato de cinco jogos para tentar salvar o Flu do rebaixamento.
Paulo Autuori deitou falação no princípio do ano, disse que os técnicos brasileiros não se reciclavam (ele mesmo não disse onde se reciclava. No Oriente Médio, no Peru?).
Montou um péssimo Vasco da Gama - que vive mergulhado em dívidas e desmandos não é de hoje - de onde se demitiu com a desculpa de que a diretoria não pagava dívidas de jogadores e funcionários como prometera.
Foi para o São Paulo e mergulhava de cabeça em direção à segundona, quando foi demitido.
Tite prometeu mundos e fundos com o time campeão da copa do mundo de clubes da Fifa.
Não ganhou mundos e deixou os fundos à mostra.
Refém de um time envelhecido, não conseguiu renová-lo e amarga péssima campanha.
Está na corda bamba à frente do timão.
Dunga caiu sem fazer o milionário elenco do Internacional ter algum padrão de jogo.
Descobriu tardiamente que o elenco era famoso, mas envelhecido.
E não soube fazer a transição, renovar.
Parece um final de carreira daquele que foi técnico da CBF e do grande colorado gaúcho sem ter se preparado para a função.
Uma espécie de Paulo Roberto Falcão que hoje amarga esquecimento pelo mesmo motivo: nunca ter se preparado para a carreira de treinador.
Entre subir e descer, trêss técnicos podem ser citados: Ney Franco, Felipão e Muricy.
Muricy foi demitido no Santos onde fez péssimo trabalho.
Muricy não tem nada a ver com a história santista de time que toca a bola, joga bonito.
O Santos de Muricy era um monstrengo.
Voltou para o São Paulo e salvou o time do rebaixamento com seu jogo pragmático - que é também a cultura tricolor.
Jogar feio, mas vencer.
Ney Franco fez bom trabalho no São Paulo em 2012, mas derrapou depois da venda de Lucas ao PSG. 
Acossado por jogadores e diretores, caiu.
Recuperou-se no Vitória que está lutando agora por Libertadores e jogando bonito, com muitas variações.
Felipão foi deprimente no Palmeiras, mas faz bom trabalho na seleção da CBF - o que não pode nem deve ser muito elogiado.
A seleção de jogadores brasileiros, mesmo sem técnico, só com um entregador de camisas, é favorita em qualquer disputa.
A boa notícia é que muitos técnicos subiram: Cuca, Marcelo Oliveira, Vagner Mancini, Osvaldo Oliveira, Jorginho, Argel, Critóvão Borges, Enderson Moreira, Gilson Kleina e Jaime.
É boa a renovação.
A fila está andando.
Destes, embora não seja jovem, Marcelo Oliveira é quem mais chama atenção.
Montou um time e o conduziu ao título, o Cruzeiro.
Não é pouca coisa.
Cuca - depois de bater na trave algumas vezes - livrou-se do rótulo de azarado. 
Ascendeu à constelação dos grandes vencedores levando o Galo à disputa do Mundial de Clubes da Fifa vencendo a duríssima Libertadores .
E Vagner Mancini está à frente de um Furacão surpreendente, veloz, instigante.
Seu maior mérito é manter o trabalho do seu antecessor, Ricardo Drubsky, que montou o time. Excursionou com ele à Europa onde implantou a filosofia de jogar com a defesa alta, encurtar espaços. Perdeu várias partidas até ser demitido, mas o time jogava bem, muitíssimo bem. 
Ricardo Drubsky é um treinador de idéias, e o Furacão atual deve muito a ele.
É interessante notar que nenhum treinador de grife conseguiu sustentar-se em boa campanha neste campeonato.
Alguma coisa está mudando.
Idéias e métodos foram ultrapassados.
As chamadas "grifes" perderam.
Treinadores menos emproados ganharam. 
Vitória da simplicidade, do trabalho no cotidiano da bola, no investimento coletivo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário