terça-feira, 17 de setembro de 2013

GRANDES TIMES BRASILEIROS SÃO VULNERÁVEIS

Os grandes times europeus estrearam na UCL.
Os grandes times europeus ganharam e golearam times menos fortes em sua estréia, mesmo jogando fora de casa.
O Real de Madri foi à Turquia e goleou o Galatasaray por 6 a 1.
Cristiano Ronaldo, o mito português, marcou 3 gols nesta vitória.
O Bayer de Munique recebeu em sua casa os russos do CSKA Moscou, o time do Vitinho e fez fáceis 3 a 0.
O PSG foi à Grécia e marcou 4 a 1 no Olympiacos.
Três gols foram de brasileiros - um de Marquinhos e 2 de Tiago Mota.
O Manchester, estreando na UCL sem o seu técnico histórico Alex Gerguson, venceu o Bayer Leverkusen por 4 a 2.
E o Shaktar, o time mais brasileiro da competição, foi à Espanha e venceu a Real Sociedad por 2 a 0.
O Manchester City meteu 3 a 0 no Vitoria Plsen e até o grande Benfica que não anda bem das pernas fez 2 a 0 no Anderlech.
Ou seja, os grandes times estrearam e venceram.
Dentro e fora de casa.
Só o Juventus de Turim, a grande campeã italiana, não venceu.
Empatou de 1 a 1 com o Copanhague em Copenhague.
Na Europa a diferença entre os grandes é assim tão espantosa? 
Tão espantosa que, mesmo jogando fora de casa não dão chance aos menores?
No Brasil, as zebras ou vitórias de times pequenos contra os grandes acontece com muita frequência.
O mesmo quando se trata da Libertadores, quando times de pouca expressão vencem times gigantes.
Por que isso acontece?
Na Europa o fator campo conta menos do que na América do Sul?
Grandes times brasileiros, com elencos superiores e folha de pagamento infinitamente maior, são batidos por times pequenos de outros países.
Tolima, Libertad, Tigre, Caracas, Emelec... o favoritismo dos grandes times brasileiros quase nunca se confirma no confrontos com eles.
E com muitos outros.
Não há vitórias folgadas.
Eles chegam ao Brasil e jogam de igual para igual com os nossos grandes times.
Conseguem resultados expressivos.
Certo que podemos subestimar - como é feitio dos brasileiros e da mídia esportiva brasileira - o desenvolvimento do futebol nos países vizinhos.
Tem isso, sim.
Mas se fizermos uma avaliação pelas folhas de pagamento, o futebol brasileiro é infinitamente mais rico do que todos os outros.
Mas dentro de campo a diferença não é evidente.
Embora os times brasileiros tenham ganho as últimas Libertadores.
Como o Atlético ganhou, embora pudesse também ter perdido.
O Galo não mostrou superioridade evidente contra um time cuja folha de pagamento é menor que o salário de Ronaldinho Gaúcho.
Um time mediano europeu - relativamente semelhante ao paraguaio que enfrentou o Galo - não faz frente a um gigante.
Como o Galatasaray não fez frente ao Real.
No Campeonato Brasileiro é a mesma coisa.
Times pequenos derrotam os gigantes com frequência.
Isto não acontece na Inglaterra, na Alemanha, na Itália, na Espanha.
Por que os gigantes brasileiros são mais vulneráveis?
Mesmo os gigantes brasileiros em grande fase, longe das crises, não impõem favoritismo.
Será por causa dos campos que se transformam nos chamados alçapões?
Pode ser uma parte da explicação.
Mas São Paulo e Grêmio andaram por baixo de pequenos times que os derrotaram em suas modernas arenas - embora o Morumbi não seja uma arena moderna.
Alguma explicação haverá.
Tostão, em sua coluna, tem se perguntado algumas vezes sobre isso.
Mas não apontou, até agora, nenhuma resposta.

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