quinta-feira, 19 de setembro de 2013

CRUZEIRO ABRIU 7 DE VANTAGEM: PINTOU O SETE NO MINEIRÃO

Em que pese o acúmulo de passes errados;
Os chutões apavorados de Egídio e Bruno Rodrigo;
A confusão que se estabelece na defesa quando o adversário começa a trocar passes com mais rapidez no ataque;
A irritante demora de Fábio para repor a bola em jogo - faz isso com tanta frequência que já não se lembra como armar o contra-ataque a partir da saída de bola...
Em que pesem todos esses graves defeitos, os azuis têm qualidades.
A transição da defesa para o ataque, quando não tropeça nos erros de passe é muito rápida e desorienta os adversários.
A bola parada é muito forte.
Goulart, Dedé, Nilton e Bruno são ótimos cabeceadores.
Aterrorizam defensores e técnicos.
Assim, os adversários evitam as faltas laterais temendo as consequências.
E isto favorece a transição rápida.
Outra boa qualidade é que todos os jogadores de linha fazem gols.
Houve um tempo em que os meio campistas, defensores e laterais do Cruzeiro não marcavam gols.
Tempo de Paraná, Fabrício, Henrique.
Bastava marcar os atacantes - Walysson e Tiago Ribeiro - e se despreocupar.
Hoje, a artilharia está dividida por todo o time.
Não basta marcar Borges e Wiliam.
Ainda tem Goulart, Éverton Ribeiro, Lucas Silva, Mike, Egídio, Dedé, Bruno Rodrigo, Dagoberto, Júlio Batista.
Este é o diferencial maior do time: não depende de um único matador como o Fluminense depende de Fred.
Quando o time aprender a marcar melhor e se apavorar menos quando for atacado vai se tornar mais poderoso e confiável.
O pênalti de Bruno, chutando a perna do adversário dentro da grande área, foi prova do apavoramento.
Já a atuação impecável de Dedé foi prova de que o time está melhorando o sistema defensivo.
Ceará também deu mais serenidade ao setor (Mike é o futuro, mas não preenche o presente como devia).
Como um todo, e mais lentamente do que o esperado, o time tem evoluído.
Marcelo Oliveira treinou o time sem centroavante de referência.
A entrada de Júlio Batista no lugar de Borges criou um outro sistema ofensivo.
Mais móvel e imprevisível.
A zaga alvinegra confundiu-se sem ter a quem marcar e cedeu mais dois gols.
E os azuis, como de outras vezes - principalmente no jogo contra o Flamengo - não caíram na defesa para garantir placar quando venciam por 1 a 0.
Vencer por 3 a 0 o decantado Botafogo foi justo.
Muitos comentaristas apostaram claramente no alvinegro.
Quebraram a cara.
Pensar que depois desta vitória Corínthians e Internacional serão fáceis é tolice.
Serão mais difíceis ainda.
Um vitória de 3 a 0 sobre o vice líder aguça a atenção dos adversários.
Será preciso acrescentar algo às estratégias de jogo que todos estão estudando.
PS1: A arbitragem, pela primeira vez, não prejudicou o time. Alguns comentaristas disseram que Éverton não sofreu o pênalti convertido por Júlio Batista. Sofreu, sim. Foi falta muito evidente para evitar a meia lua.
PS2: O chicote chileno de Nilton tornou o primeiro gol azul ímpar. Quem, com menos de 40 anos, já viu um gol como aquele?

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