segunda-feira, 15 de julho de 2013

O CRUZEIRO É UM TIME QUE TREINA?

O Cruzeiro errou 35 passes durante a partida que jogou contra o Náutico de Futebol Capibaribe.
Trinta e cinco.
É muita coisa.
Não se trata de lançamento longo que o adversário intercepta.
É passe mesmo, passe curto.
Toque.
Uma aberração.
O Náutico errou outros trinta e tantos.
Setenta passes errados, ou seja, não teve jogo.
Se contarmos as faltas, laterais, bolas pela linha de fundo e escanteios, não teve jogo fluindo.
Só erros e paralizações.
Uma vergonha.
Éverton Ribeiro é um dos que mais erram.
Éverton precisa evoluir muito.
Parece jogador recém saído da base.
E não é.
Ele tem errado dois terços das tentativas de passe ou lançamento.Todos no Cruzeiro erram demais.
Dedé é um dos que menos erra.
Martinuccio também erra pouco.
Os outros são medonhos.
Desconfio que não treinam passe.
Marcelo Oliveira não deve ter exercícios de passe aplicáveis.
Treinamento de passes em velocidade, de primeira, triangulações para trás e para diante, ultrapassagens, tocar e distanciar, tocar e aproximar enquanto outro se distancia.
A troca de passes na defesa, na transição para o ataque, no ataque.
Treinamento é repetição.
Repetir, repetir até ficar diferente.
Repetir é o dom do estilo.
Assim ensinou o grande Manoel de Barros, poeta maior do Brasil.
Marcelo Oliveira talvez faça apenas o que maioria do treinadores faz: reduz o campo e faz ataque contra defesa.
É rame rame.
Mediocridade.
E talvez, como faz a maioria do treinadores,  fique falando no ouvido do jogador.
Faz isso, faz aquilo.
Mas não treinou à exaustão,  não repetiu, repetiu, repetiu.
Quer que o jogador aprenda na teoria o que não exercitou na prática.
Talvez, como a maioria dos treinadores, ele não tenha um suprimento de exercícios que podem ser repetidos.
O Cruzeiro venceu o Náutico, mas  não convenceu.
E o torcedor não gosta do que vê.
Tanto não gosta que não vai a campo.
Pleno domingo à tarde, tempo bom, e apenas 15 mil torcedores.
O espectador sabe que o espetáculo será ruim.
Não vai a campo apenas ver o time ganhar.
Vai para ver um espetáculo.
Se não tem, melhor ficar em casa.
Ou visitar o Inhotim, ver um show, uma peça, um filme.
Eu vi pela televisão.
Não vi o jogo todo, porque aí é pedir demais.
Ver o Cruzeiro jogar é como assistir/ouvir uma orquestra que não foi ensaiada.
Ou que foi mal ensaiada.
E onde não há um só virtuose. 
É um programa chato.
E sem público. 

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