segunda-feira, 29 de julho de 2013

LUXA, NEY E ABEL: ESTES TERÃO DE REMAR MUITO

Três grandes técnicos caíram no início deste Brasileirão.
Abel caiu com a derrota do Fluminense para o Grêmio.
Por quê?
Por causa de cinco derrotas seguidas.
Mesmo com as vendas de Nem e de Tiago Silva, toda imprensa dizia; "o tricolor tem um dos melhores elencos do país".
A mídia acaba solidificando mentiras.
O elenco era apenas mediano já no ano em que foi campeão, pois Deco joga pouco - vive machucado, afronta a idade e Fred segue o mesmo caminho de contusões, só que mais novo.
Um goleiro - "eleito" o melhor do Brasil (?) coisa que nunca me convenceu - inseguro.
Uma zaga que jogou bem sem ser formada por bons zagueiros.
O time fazia um a zero e se segurava na defesa.
Com a perda de Nem e Thiago, nenhuma reposição.
Aí a ladeira apareceu.
Quando a ladeira aparece é difícil fugir dela.
Abel precisava remontar o time.
Foi na conversa da mídia e aquietou-se "tenho o melhor elenco".
Encarou a ladeira.
Capotou.
Luxa montou o Grêmio onerando a folha de pagamentos sem conseguir resultados compatíveis.
Ele ainda pensa que um grande time é um conjunto de grandes jogadores que, naturalmente, são caros.
Não é.
É preciso treiná-los e, parece, Luxa não tem mais a firme convicção de que treinar times é fundamental.
Assim como não treinou bem o Galo nem o Flamengo, não treinou o Grêmio.
Foi despedido.
Ney Franco trabalhou todo o tempo no São Paulo acossado por um diretor de futebol que escalava suas principais contratações: Lúcio, Luis Fabiano e Ganso. 
Perdeu Lucas - com o qual foi campeão da Sulamericana - e todo o seu projeto ruiu. 
Caiu porque não teve peito de botar na reserva as estrelas do diretor de futebol.
Nem o goleiro-ídolo em fim de carreira que, segundo o disse-me-disse na imprensa, o solapava no vestiário porque fora contrariado publicamente pelo técnico quando pedira uma substituição. 
E Ceni, no São Paulo, por tudo que já fez pelo clube, pode não mandar mais que o presidente, mas vá perguntar ao torcedor quem é mais importante.
Abelão foi relapso, Luxa desmedido, Ney tímido.
Terão que remar muito pra conseguir recuperação.
Luxemburgo, parece, terá mais dificuldades.
O mar está muito 'virado' pra ele.
Ninguém mais vai abrir os cofres para seu gosto de manager sulamericano.
Sua fama de montador de times se esvaiu.
Abel, queridinho dos jogadores segundo enquete uol, passa imagem de treinador saciado, sem apetite.
Ney saiu do São Paulo sem acusar, resguardou a imagem de treinador ético em princípio de carreira, estudioso e em quem vale a pena apostar.
Terá que remar menos que os dois mais velhos.
O que os três tiveram em comum?
Trabalharam em três clubes com a política interna em polvorosa.
O Grêmio da transição, o Flu do patrocinador que compete com a presidência, o São Paulo do dirigente, manda-chuva.

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