quinta-feira, 21 de março de 2013

NEY FRANCO E O BOICOTE

Pode ser que Ney Franco continue dirigindo o São Paulo depois da fase de classificação da Libertadores.
Classificando-se ou não.
Mas não ficará por muito tempo.
Já colocaram a vassoura atrás da porta.
Vassoura atrás da porta é mandinga forte pra mandar embora visitantes indesejáveis.
E Ney é visitante indesejável no São Paulo.
Lá, os moradores reais são, hoje, Rogério Ceni, Lucio, Luis Fabiano e Ganso que, por último, se juntou a eles.
O que se vê, claramente, é um deslavado boicote.
Os boicotes são organizados por quem está decaindo.
Na política, nas artes, no esporte.
Quem está decaindo culpa alguém por sua decadência.
"Nós não temos culpa. A culpa é dos outros".
Daí por diante sentem-se isentos.
Mais que isentos, injustamente prejudicados.
E podem imputar ao outro, tudo o que fazem de improdutivo.
Entre os políticos será um presidente, um governador; entre artistas será um maestro, entre atletas será um técnico, etc.
E a imprensa serve de linha de transmissão para a corrente do boicote.
Ele começa no grupo insatisfeito, repercute na galera através da imprensa.
Daí para o "burro, burro, burro" é um segundo.
Em seguida, surgem as faixas, as declarações de dirigentes, os muros pichados.
Então, conforme a história anunciada, o técnico é dispensado.
Quem virá para substituí-lo?
E acontece uma pequena novela, mini série que exalta valores, esforços da diretoria, espasmos e histeria de torcedores.
Torcedores, em geral, são histéricos.
Por fim... o substituto. 
O salvador com um discurso de contracapa de livros de auto ajuda.
Os boicotadores então acolhem o novo (o novo é lindo!).
Acercam-se dele, buscam garantir suas posições de intocáveis.
Como já estão decadentes, fracassarão mais adiante.
Outra vez.
E o mesmo velho ciclo recomeça.
No São Paulo, muitos técnicos caíram nos últimos quatro ou cinco anos.
No Flamengo, também.
No Vasco, alguns.
Nas várias sinfônicas e filarmônicas, inúmeros.
Para interromper este ciclo é preciso uma faxina geral.
O Corínthians fez a sua quando caiu para a segundona.
O Galo também, com a eleição de Kalil.
O Cruzeiro fez uma faxina da era Perrela.
O Flamengo está fazendo sua faxina da era Patrícia.
O São Paulo carece de uma faxina da era Juvenal.

Nenhum comentário:

Postar um comentário