sábado, 9 de fevereiro de 2013

LUXEMBURGO E TIMES ESFACELADOS

Vanderley Luxemburgo está como gosta no Grêmio.
Ontem, ele ontratou o centroavante Barcos, ex-Palmeiras.
Dias antes, chegaram Vargas e Welliton. 
Adriano, ex-Santos, também. 
William José, Fábio Aurélio, Dida.
Sem falar dos que chegaram há mais tempo, como Elano, Zé Roberto, Marcelo Moreno, Kleber e alguns outros.
Wanderley é um técnico de muitas contratações.
Deve ter prometido ao velho dirigente Fábio Koff que conquistará a Libertadores. 
Passou perigosamente pela LDU no mata-mata classificatório.
Podia ter ficado pelo caminho, pois o Grêmio jogou mal, especialmente a segunda partida, em casa.
Deve ter se preocupado.
Ao invés de investigar as deficiências, treinar alternativas, repensar tática e estratégia, preferiu adquirir novos jogadores.
Que se encaixem no seu antiquado 4-4-2.
Não tenho nada contra o 4-4-2.
Mas ele fica antiquado se não é treinado para o futebol que se joga hoje. 
Onde não se pode ficar inferiorizado no ataque, no meio de campo e na defesa.
Isso independe de se ter bons ou ótimos jogadores.
Do modo como joga o Grêmio, com suas linhas espaçadas, difícil troca de passes, ligação direta... ele pode contratar os melhores jogadores e nunca terá um time.
Igual Felipão com a seleção da CBF.
Foi assim no Galo, no Flamengo, no Palmeiras duas vezes esfacelado...
Contratou, contratou e quase levou o Galo à segundona.
Kalil percebeu para onde estava indo e o dispensou.
Mas ele acredita piamente que contratando forma um time.
Já falou, inúmeras vezes, que sua aptidão é para manager.
Significa, para ele, ser mais que um treinador. 
Ser, também, quem contrata, negocia salários, condições, etc.
Mas é um entendimento torto.
Um entendimento que se limita às compras.
Nenhuma vez, que eu me lembre, ele subiu um só jogador da base dos times que dirigiu.
Muitos técnicos se orgulham em dizer que lançaram este ou aquele garoto.
Ele, não.
Não se dá conta de que a formação na base é importante para os clubes.
Em geral ele ridiculariza jogadores que sobem para o profissional.
Neymar era chamado de "filé de borboleta".
Bernard, revelação do Galo, não teve chances com ele.
Aquele time do Cruzeiro da tríplice coroa não teve ninguém da base que ele fez subir.
Gomes, Maicon,Wendel, Augusto Recife, Jussiê e Marcinho já estavam no profissional bem antes dele, bem antes de Felipão, ainda com Marco Aurélio.
E apenas Gomes foi titular mesmo. 
Maicon era reserva de Maurinho.
E ele foi contratando.
Chegou a dizer que contratou o centro-avante Márcio para que um time rival não o contratasse.
E se ufanava disso.
Como se fosse uma estratégia a ser seguida.
Perrela abriu os cofres que, naquela época, estavam cheios com dinheiro fácil da Europa, quando o Barcelona pagou 18 milhões de dólares por Giovanni, o VillaReal não sei quanto por Sorín, etc.
Quando ganhou o título de 2003, desmontou o time, vendeu ou dispensou todos. 
Gomes, Cris, Dracena, Luizão, Maicon, Leandro, Alex, Motta, Marcinho, Wendell, Márcio, David, Aristizabal, Zinho, Felipe Melo, Maldonado, todos.
Não ficou um.
E empurrou Luxemburgo para fora.
Os dois acabaram com o Cruzeiro que só aprumou de novo com a geração de Guilherme e Ramires nas mãos de Dorival Junior, quatro anos depois.
Fábio Kof não é negocista feito Perrela.
Pode terminar com seu Grêmio igual ao Palmeiras que começou a fazer água com Luxemburgo no leme.
E ninguém conseguiu estancar o vazamento.

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