Hoje, no Independência, dois times vão repuxar a história do futebol brasileiro.
Há, entre eles, um estremecimento.
Uma velha partida disputada no velho Mineirão.
Uma partida onde um jogador alvinegro foi terrivelmente machucado por um e covardemente pisado por outro.
Nessa partida, um deles perdeu o título.
O dono da casa.
Um título que teria conquistado se o campeonato fosse de pontos corridos.
Esta perda é, até hoje, a maior de todas no campeonato brasileiro.
De lá por diante, todos os jogos entre esses dois times têm uma eletricidade diferente.
A história é recontada a cada vez.
Hoje, quase quarenta anos depois, eles vão se reencontrar.
Poucos torcedores que estarão no estádio eram nascidos quando aquela partida histórica foi disputada.
Não importa.
A mesma partida também estará sendo jogada outra vez.
Duas partidas, portanto.
A partida de hoje e a partida fantasma.
A de hoje, jogada por duas equipes com jogadores nascidos depois daquela partida.
A outra, no campo mítico, onde o jogo antigo continua sendo disputado.
Nunca haverá um jogo indiferente entre essas duas equipes.
Chicão nunca deixará de pisar em Ângelo.
Cerezo nunca deixara de chutar para fora o pênalte da derrota.
Haverá sempre dois jogos.
E a esperança absurda de que, um dia...
Chicão se retraia ante o ato covarde.
Ou que Cerezo faça o gol da vitória.
Nenhum comentário:
Postar um comentário