sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

JUAN PABLO SORÍN E MONTILLO: A HONRA E O INTERESSE

Dois argentinos: Sorín e Montillo.
Ambos jogaram pelo Cruzeiro nos últimos anos.
Juan Pablo Sorín foi e é um cruzeirense.
Conquistou a camisa azul, tomou-a para si.
Está na seleção de todos os tempos do clube.
Defendeu o time com amor e fúria.
E, principalmente, com honra.
Até seu último título, o último jogo, a última jogada, os últimos acenos de despedida no Mineirão, Sorín deu tudo de si.
Já negociado, quando muitos tiram o pé e às vezes nem jogam, ele jogou com a mesma garra.
Expondo-se física e espiritualmente.
Quando foi jogar na Europa não abandonou o clube.
Sempre esteve ligado a ele.
Manifestava-se, escrevia.
Assim, tornou-se um ídolo do mesmo nível que Dirceu Lopes, Tostão, Piazza, Joãozinho, Zé Carlos, Raul, Natal, Fábio.
Continuou se construindo como ídolo, mesmo atuando no estrangeiro.
A torcida azul o admirava, acompanhava seus passos, seus jogos.
Torcia por ele na seleção argentina e na Espanha.
Outro argentino, Montillo, ficou também 2 anos e meio em Minas, no Cruzeiro.
Quanta diferença.
Jogou bem no seu primeiro ano e, no ano seguinte, desejado por outros clubes, caiu de produção. 
Deixou claro que preferia sair.
Deixou clara sua insatisfação por não ter sido vendido.
Sua insatisfação por continuar no clube. 
Sempre o semblante amarrado, ar contrariado, birrento.
Defendeu o time como um atleta contratado cumprindo suas obrigações.
E assim fará por onde for.
Montillo é passageiro.
Sorín é para sempre.

Nota: Este blog voltará no domingo. Até alá.

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