quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

DUNGA É O NOVO TÉCNICO DO INTERNACIONAL



“O Inter tem uma tradição muito forte. O futebol gaúcho em geral é assim, forte. O torcedor do Inter aceita tudo, mas não aceita que os jogadores não se doem durante os 90 minutos, sem que saíam exaustos de campo. Aliado à qualidade técnica, podemos fazer um belo trabalho”
Estas foram palavras de Dunga em sua apresentação como novo técnico do colorado gaúcho.
Que ele seja bem sucedido agora que vai comandar, pela primeira vez, um time de futebol.
Sua passagem pela seleção da CBF foi muito boa.
Perdeu o mundial como podia ter ganho.
Ganhou outras competições e classificou muito bem a equipe durante as eliminatórias.
Como não se curvou aos donos da mídia - em especial da Globo - foi tratado duramente.
E duramente respondeu ao tratamento que lhe foi dispensado.
Outros jornalistas que não da Globo, como Juca Kfouri da ESPN, preferiram criticá-lo por sua convocação.
Disfarçavam os ataques para não parecerem corporativistas demais.
Juca focou suas críticas numa suposta convocação equivocada.
Queria com todas as forças que Dunga convocasse o Neymar que nem era titular no Santos e o Ganso que nunca se firmou nem no Santos, nem agora no São Paulo.
Jornalistas esportivos no Brasil - não sei em outros lugares - são pouco mais que torcedores.
Um episódio famoso que ilustra bem a passagem e a marca de Dunga na seleção foi quando ele, durante uma entrevista, chamou o jornalista Alex Escobar, da Globo, de cagão.
O jornalista ficara abanando a cabeça em discordência ao técnico enquanto ele respondia pergunta de outro repórter.
Essas prepotências que jornalistas importantes de órgãos de imprensa poderosos costumam demonstrar e que outros técnicos baixam a cabeça e engolem.
Dunga o interpelou na hora.
O jornalista ficou caladinho.
Dunga o olhava ora duro, ora irônico e, no intervalo entre as perguntas de outros jornalistas, xingava.
Semanas atrás Dunga participou de um programa esportivo da Globo e foi entrevistado pelo Tandi, ex-jogador de vôlei.
Tandi ofereceu a Dunga as pazes do jornalista que ele havia xingado.
Foi uma coisa vexatória.
Dunga aceitou.
Havia ironia na aceitação.
Mas foi um passo atrás na sua dureza com jornalistas, especialmente os da Globo.
Estará domesticado?

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