Confusão com a PM no aeroporto, umas depredações aqui e
ali, um cachorro cenográfico que os torcedores levaram, marcaram a despedida do Corínthians.
Nas contas da TV, 15 mil torcedores foram ao
Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, para desejar boa sorte aos
jogadores que embaraçaram rumo ao Mundial de Clubes no Japão.
Juca Kfouri, todo orgulhoso, disse na ESPN que a ida de torcedores
do Corínthians ao Japão será o maior deslocamento humano mundial em tempos de
paz.
A ida dos torcedores do Chelsea deverá ser o menor
deslocamento.
Para os europeus, ganhar de um time da América do Sul –
como o Manchester United ganhou da LDU anos atrás – pouco significa.
Perder, como o Barcelona perdeu para o Internacional anos
atrás, também significa pouca coisa.
Para eles interessa mesmo é a Liga dos Campeões.
Para os sulamericanos, significa muito.
É a oportunidade de medir forças com times que estão
muito à frente dos nossos.
Em termos técnicos e financeiros.
Tanto que, ano após ano, o campeão da Libertadores
desdenha o campeonato nacional do seu país para se concentrar unicamente no Mundial
de Clubes da Fifa.
Poupa jogadores, faz tudo à meia-boca por aqui, pois o
que interessa mesmo, a única coisa importante é o possível confronto com um
grande da Europa.
É uma atitude que revela o quanto ainda somos
subservientes culturalmente.
Nenhum campeão europeu faz isso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário