De Porto Alegre vem a notícia que o meia atacante Dagoberto do Internacional foi oferecido ao Galo.
Dunga é o novo treinador do Inter e a poeira das preguiças já começou a ser sacudida por lá.
Pode ser isso.
Ou sabendo que a poeira será sacudida, o empresário do jogador resolveu ligar o aspirador de pó.
Oferecimento de jogadores é sempre um suspeito jogo de interesses no mercado da bola.
Pode também ser outra coisa.
Esta sim, perigosa.
Bernard.
Bernard já estaria com negociação de venda bem adiantada e, antes dela se concretizar, Dagoberto seria anunciado.
Assim, com um substituto à mão, o torcedor sentiria menos a saída de Bernard.
Ele é um ídolo.
E é difícil a construção de um ídolo nos dias de hoje.
Bernard conseguiu isso aliando sua habilidade à dedicação nos treinos e à entrega absoluta ao jogo.
Vindo da base, não houve um dia em que saisse de campo sem ter dado o máximo de si.
Bernard tem algo de Messi.
Não se trata de comparar o futebol de um e de outro.
Mas vendo-o, acompanhando a sua carreira, tem-se a impressão de que a única coisa que realmente lhe interessa é jogar futebol.
Exatamente como acontece com o argentino.
Que Dagoberto possa ser contratado pelo Galo para o lugar de Escudero que, segundo notícias, pode ir ao Boca.
Ou para a vaga de Danilinho que foi dispensado por estrepolias fora de campo.
Nunca para suprir a saída de Bernard.
O Galo pode se esforça para segurar seu único ídolo feito em casa nas últimas décadas.
Deve, tem o dever de.
Um ídolo, prestem atenção, que terá o tamanho de Reinaldo, de Cerezo.
Todos os esforços devem ser feitos.
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